soft skills

Existe o profissional perfeito? Com certeza não, mas existe o profissional com as Soft Skills mais valorizadas no mercado de trabalho

Quais qualidades e habilidades o candidato “ideal” deveria apresentar em seu comportamento e postura? Essas são as Soft Skills, habilidades comportamentais que refletem as características do profissional. 

Essas são algumas das perguntas constantes de quem busca entrar para o mercado de trabalho. Porém, a resposta para elas se baseia no fato de que para cada empresa e para cada vaga, há perfis com habilidades definidas como as mais adequadas, que variam com as mudanças no mercado e necessidades de cada área. E dentre essas habilidades desejadas, estão as habilidades técnicas (hard skills) e as habilidades comportamentais (soft skills).

E, como de costume, chega-se à conclusão de que para se destacar como profissional, deve-se investir em todos os tipos de habilidades para que se construa um perfil completo e adequado para o propósito de cada um.

Bom, quanto às competências técnicas, temos como fontes de conhecimento: as aulas da universidade, cursos diversos, Internet… E as competências comportamentais, o que fazer para conquistá-las?

O que são Soft Skills?

Entende-se que as Soft Skills de uma pessoa é definida por características subjetivas que compõe a personalidade e a forma de expressão de cada um. Para uma empresa, é interessante, por exemplo, que o funcionário consiga se comunicar de modo eficaz, além de trabalhar bem em equipe e interagir com os colegas. Ricardo Haag, gerente executivo da Page Personnel, explica: “Desde a crise de 2008, a capacidade de lidar emocionalmente com a pressão começou a ser uma questão de sobrevivência nas empresas”. Dessa forma, a automotivação e autocontrole se tornam necessários para sobreviver às cobranças por resultados.

Como melhorar habilidades comportamentais?

O primeiro passo para evoluir suas soft skills é, invariavelmente: investir em autoconhecimento. Candidatos que se conhecem bem tem grande diferencial competitivo e isso é percebido em entrevistas e dinâmicas. O candidato que se conhece bem sabe seus limites, suas capacidades em potencial e demonstra domínio sobre seus pontos a melhorar.  O autoconhecimento também ajuda a guiar o foco do que pode ser melhorado em nossas habilidades comportamentais.

E, para que possamos guiar o seu melhor guia, que é você mesmo, aqui estão sugestões de competências comportamentais altamente desejadas pelo mercado de trabalho:

No momento em que acontece um contato mais próximo entre recrutador e candidato, como em entrevistas e dinâmicas de grupo, o selecionador vai tentar te decifrar ao máximo para tentar entender quem você é e como você se comporta.

Nessa hora, o recrutador irá te testar de várias formas. Te surpreenderá com alguma quebra de expectativa e com perguntas capciosas…. Exatamente para testar seu nível de autocontrole, autoconhecimento e raciocínio lógico rápido e equilibrado, ou seja, sua inteligência emocional. Sua postura, sua resposta e sua reação são oportunidades para que o recrutador te conheça melhor. Use isso a seu favor.

  • Perfil de Dono

O chefe de planejamento financeiro de Supply Chain da empresa Kraft Heinz, Marcelo Lyra, aponta uma das características mais importantes dentro da empresa, a “cabeça de dono”: “Quando você cuida de algo como se fosse seu, toma melhores decisões.”

E é exatamente por isso que essa habilidade é valorizada. Arregaçar as mangas e mergulhar de cabeça é o que faz as coisas acontecerem. Nada melhor do que sentir que todos da equipe cooperam de verdade e caminham juntos rumo ao mesmo objetivo, não é mesmo?

  • Criatividade

Sim, com certeza a criatividade é uma habilidade valorizada! Pessoas criativas inovam toda hora, enxergam soluções mirabolantes para problemas que parecem impossíveis para quem costuma ver tudo sempre da mesma maneira “dentro da caixa”. (Criatividade é uma questão de prática, sabia?)

Se puder adicionar à criatividade a clareza do raciocínio lógico e um toque de bom humor, então… Melhor ainda.

  • Mentalidade “à la” Design Thinking

Sabe aquela famosa ferramenta chamada Design Thinking? Ela é baseada no enfoque especial dado ao cliente e suas necessidades, e neste caso, os clientes são os recrutadores. Soluções inovadoras, estratégicas e viáveis são muito bem vistas para a resolução dos cases nas dinâmicas, por exemplo.

Inovar nunca sai de moda. Principalmente inovar com o foco de se obter os melhores resultados.

  • Mentalidade voltada à solução de problemas complexos

Certas situações a serem resolvidas envolvem um grau de complexidade maior do que a maioria. Para questões verdadeiramente complexas, dificilmente haverá uma resposta única e certeira. Isso vale para o dia a dia no mercado de trabalho e durante os processos seletivos, momento em que será testada a habilidade de encarar problemas complexos.

A primeira etapa ao se deparar com um problema complexo é definir o tipo e o grau de complexidade, as pessoas e ambientes envolvidos, as causas, efeitos, contextos e perspectivas. Quebrar os problemas complexos em pedaços torna a resolução mais palpável e clara. Os avaliadores prestarão atenção em sua linha de raciocínio ao criar as resoluções, se ela é estruturada, sistêmica e “fora da caixa”.

Sugestão para Leitura: “Planejamento de Cenários Transformadores”, do físico Adam Kahane, em que se explica diretrizes sobre resolução de problemas complexos e as habilidades requeridas para essas situações.

  • Empatia e Bom Senso

Características desejáveis em qualquer ser humano, né?

Numa realidade em que cada vez mais se aplaude o altruísmo, a compaixão e o respeito, a empatia vem se tornando indispensável para relações saudáveis. Se colocar no lugar do outro deve ser um exercício diário para adequar ações e reações quanto às circunstâncias. Atitudes “a mais” e “a menos” comprometem a fluidez das atividades e a interação entre a equipe. Bom senso e equilíbrio sempre vão ser valorizados, seja qual for o ambiente ou contexto.

  • Poder de Negociação

Essa habilidade é muito valorizada principalmente em processos seletivos de vagas comerciais. Para participar de uma negociação, é preciso jogo de cintura e pensamento “ganha-ganha” para ser bem-sucedido. É necessário estabelecer um equilíbrio entre as próprias necessidades e as do outro, que pode ser um cliente ou um outro candidato de uma dinâmica de grupo.

Uma situação de negociação pode servir para testar sua persuasão e sua reação sob pressão. Será observada a forma como você concilia os próprios desejos com os da equipe, assim como a capacidade de ouvir o próximo, de fazer concessões e de não abrir mão de seus objetivos.

  • Orientação para Serviços

O candidato não pode esquecer que, como funcionário, ele dedicará seu esforço, tempo e energia para oferecer seu serviço à organização em que trabalha. E como um verdadeiro prestador de serviços, ele deve se atentar à qualidade, aos indicadores e aos feedbacks recebidos em relação ao serviço prestado.

Ao realizar uma atividade, deve se ter em mente, primeiramente, em quem irá receber e validar o serviço. Qual seu padrão de qualidade, as especificações e exigências. Para isso, num processo seletivo e no mercado de trabalho, atente-se: quais resultados preciso entregar? Quais indicadores determinam a qualidade do meu serviço? O que meus coworkers ou clientes têm como crítica construtiva sobre meu trabalho?

E lembre-se que é dando a cara a tapa, caminhando e errando que se aprende.
Aos poucos, cada habilidade será lapidada de acordo com suas experiências.
Acredite em seu potencial e BORA pra action!

Autora: Priscila D’Avillar