Neste artigo, vamos explorar em detalhes o ciclo de vida dos dados pessoais e as atividades de tratamento associadas, fundamentais para a conformidade com a LGPD e a estruturação adequada do fluxo e utilização de dados dentro de uma organização. Abordaremos os conceitos, etapas, áreas e sistemas envolvidos, princípios da LGPD relacionados ao tema e boas práticas para mapear dados e mitigar riscos. Este guia é essencial para gestores, profissionais de TI, jurídico, RH e qualquer função que lida com dados pessoais.

Entendendo o ciclo de vida dos dados pessoais

Neste artigo, abordaremos um tópico crucial para organizações que lidam com dados pessoais: o ciclo de vida desses dados e as atividades de tratamento associadas. Compreender esse processo é essencial para estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e para estruturar adequadamente o fluxo e utilização de dados dentro de uma empresa.

  • Compreensão do ciclo de vida dos dados pessoais
  • Importância da conformidade com a LGPD
  • Estruturação do fluxo e utilização de dados dentro das empresas

Atividades de tratamento de dados previstas na LGPD

A LGPD estabelece uma série de atividades consideradas como “tratamento” de dados pessoais. Estas atividades incluem desde a coleta até a eliminação e difusão dos dados. É importante destacar que qualquer atividade relacionada ao manuseio de dados pessoais é considerada tratamento e precisa seguir as regras e obrigações previstas na lei.

  • Listagem das atividades de tratamento de dados previstas na LGPD
  • Necessidade de seguir as regras e obrigações da lei em todas as atividades relacionadas aos dados pessoais

Áreas e sistemas envolvidos no tratamento de dados

Dentro de uma empresa, os dados pessoais trafegam entre diversas áreas e sistemas, tais como RH, Financeiro, Marketing e TI. Todas essas interações com os dados precisam ser mapeadas e estar em conformidade com a LGPD.

  • Tráfego de dados pessoais entre diferentes áreas e sistemas
  • Necessidade de mapeamento e conformidade das interações com os dados

Etapas do ciclo de vida dos dados

Para compreender como os dados são tratados, é essencial conhecer o seu ciclo de vida dentro da organização. As principais etapas envolvidas são a coleta e o processamento dos dados.

  • Importância de compreender o ciclo de vida dos dados
  • Principais etapas do ciclo de vida dos dados pessoais

O Ciclo de Vida dos Dados

O ciclo de vida dos dados é composto por etapas cruciais que envolvem desde a análise até a exclusão, passando pela publicação, armazenamento e reutilização. Cada uma dessas fases requer atenção especial no que diz respeito à privacidade e segurança da informação.

  • Análise: processo de analisar dados para obter insights ou gerar relatórios.
  • Publicação: momento em que os dados são divulgados em sites, aplicativos ou outros canais.
  • Exclusão: etapa em que os dados devem ser removidos, quando não são mais necessários.
  • Reutilização: possibilidade de utilizar os dados para outras finalidades, geralmente não permitida pela LGPD.

Áreas e Sistemas Envolvidos no Tratamento de Dados

Diversas áreas dentro de uma empresa estão envolvidas no tratamento de dados pessoais, cada uma com suas responsabilidades específicas. É essencial que todas as áreas estejam alinhadas com as melhores práticas e requisitos legais para garantir a proteção dos dados.

  • TI: responsável pelo desenvolvimento e gestão dos sistemas que armazenam e processam dados pessoais, bem como pela segurança da informação.
  • RH: mantém dados sensíveis dos funcionários, como informações médicas e de folha de pagamento.
  • Jurídico: lida com contratos, acordos de confidencialidade e conformidade com leis e regulamentos.
  • Marketing: gerencia cadastros de clientes, programas de fidelidade e CRMs.
  • Financeiro: possui dados bancários, de cartões de crédito e cadastro de fornecedores.
  • Administrativo: responsável por compras, contas a pagar/receber e notas fiscais.
  • Diretoria/Presidência: solicita análises e relatórios com dados de funcionários, clientes ou outros públicos de interesse.

Princípios da LGPD Relacionados ao Ciclo de Vida dos Dados

A LGPD estabelece princípios que se relacionam diretamente com o ciclo de vida dos dados, garantindo a proteção e privacidade das informações. É fundamental compreender e aplicar esses princípios em todas as etapas do tratamento de dados.

  • Finalidade: os dados só podem ser utilizados para a finalidade que foram coletados, não podendo ser reutilizados para outros propósitos sem consentimento.
  • Necessidade: apenas os dados estritamente necessários para determinada finalidade devem ser tratados.
  • Segurança: os dados devem ser protegidos contra vazamentos, perdas e acessos não autorizados.
  • Prevenção: medidas devem ser adotadas para prevenir danos em virtude do tratamento de dados.

Princípios de proteção de dados

Ao lidar com dados pessoais, é essencial considerar princípios de proteção, como o princípio da finalidade, minimização, precisão, integridade, confidencialidade, e não discriminação. Estes princípios devem ser aplicados ao longo do ciclo de vida dos dados dentro de uma organização.

  • Princípio da finalidade: os dados devem ser coletados para finalidades específicas e legítimas.
  • Princípio da minimização: devem ser coletados apenas os dados necessários para a finalidade proposta.
  • Princípio da precisão: os dados devem ser precisos e atualizados, quando necessário.
  • Princípio da integridade: os dados devem ser protegidos contra perda ou destruição acidental.
  • Princípio da confidencialidade: os dados devem ser mantidos em sigilo e protegidos contra acesso não autorizado.
  • Princípio da não discriminação: os dados não podem ser utilizados para fins discriminatórios.

Boas práticas para mapear dados e mitigar riscos

Mapear os dados pessoais e mitigar riscos associados é essencial para garantir a conformidade com leis e regulamentos de proteção de dados. Algumas boas práticas incluem:

  • Realizar inventário de dados (Data Mapping) para identificar quais dados são coletados, por quais canais, em quais sistemas são armazenados, quem acessa, políticas de retenção e exclusão, etc.
  • Classificar os dados de acordo com sua criticidade: baixa, média ou alta. Dados mais sensíveis requerem controles mais rígidos.
  • Mapear o ciclo de vida dos dados em fluxogramas, desde a coleta até descarte, passando por todos os sistemas internos e externos que interagem com a informação.
  • Identificar bases legais para cada atividade de tratamento. O consentimento nem sempre é necessário, mas alguma base legal precisa existir.
  • Capacitar equipes sobre privacidade e proteção de dados, esclarecendo dúvidas sobre a LGPD e como afeta o dia a dia de cada área.
  • Realizar análises de risco para identificar ameaças, probabilidade de ocorrência e impacto. Auxilia a priorizar ações de segurança da informação.
  • Documentar incidentes de segurança, vazamentos de dados ou usos indevidos que eventualmente ocorram, registrando lições aprendidas.

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Conclusão

O ciclo de vida dos dados engloba diversas atividades de tratamento que precisam seguir as regras de privacidade e proteção previstas em leis como a LGPD.

  • Uma mudança cultural e de processos é necessária para garantir a conformidade com as leis de proteção de dados.
  • Conhecer os conceitos apresentados neste artigo, como os princípios da LGPD, etapas do ciclo de vida dos dados e boas práticas de governança, é fundamental para mapear os fluxos de informação dentro da organização e mitigar riscos.
  • Dados que não são bem compreendidos e gerenciados resultam em maior chance de vazamentos, ataques ou penalidades regulatórias.
  • Este é um tema estratégico que não pode ser ignorado pelas empresas que visam se adequar às melhores práticas de privacidade e proteção de dados.